AVALIAÇÃO OBJETIVA → Educação de Jovens e Adultos

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Estou postando a prova Objetiva da UTA Gestão Escolar da disciplina Educação de Jovens e Adultos.

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Boa sorte!! 




Questão 1/10

“A história da EJA no Brasil é, portanto, uma história recente. Com o desenvolvimento industrial e a reorganização do processo do trabalho, iniciou-se uma mudança de postura e interesses da elite em relação à formação do trabalhador. A partir daí, houve valorização da educação de adultos, buscando a capacitação profissional desses trabalhadores. Novas iniciativas têm surgido a fim de garantir uma metodologia adequada a discentes com esse perfil” (CRUZ; GONÇALVES; OLIVEIRA, 2012)

Disponível em: http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0326.html. Acesso em: 03 fev. 2016.

Segundo o fragmento e o livro base, metodologias diferenciadas e adequadas à educação de jovens e adultos passam a ser criadas quando se compreende que o perfil dos discentes desta modalidade de ensino apresenta especificidades. Sobre esta questão, analise as sentenças a seguir, assinalando V para as afirmativas verdadeiras e F para as afirmativas falsas.

I. (V) Os sujeitos da EJA começam a ser pensados como pessoas que possuem uma vasta experiência de vida.
II. (V) Os discentes da EJA passam a ser considerados como pessoas que trabalham e concomitantemente estudam.
III. (V) Os adultos e jovens que frequentam a EJA estão inseridos em determinados contextos culturais.


Questão 2/10

No Programa Brasil Alfabetizado, é necessário que o alfabetizador, antes de iniciar as atividades de ensino, conheça o grupo com o qual irá trabalhar. Esse conhecimento prévio pode ser pelo cadastro dos alunos e pelo diagnóstico inicial que deve servir de base para o planejamento das atividades. A intenção é tornar o processo de alfabetização participativo e democrático. A formação de alfabetizadores compreende a formação inicial e a formação continuada.

http://www.cereja.org.br/pdf/revista_v/Revista_SelvaPLopes.pdf

De acordo com o livro-base da disciplina, a quem se destina o Programa Brasil Alfabetizado?

Jovens, adultos e idosos.


Questão 3/10

(...) é preciso mobilizar alunos, pais, educadores e dirigentes escolares na conscientização de que esse fenômeno é resultado de um construto social complexo e relacionado a questões identitárias e à construção e ressignificação das práticas educativas com jovens e adultos (Pedralli; Cerutti-Rizzatti, 2013)

LIMA, J. R. MAGNA, J. R. Educação de jovens e adultos sujeitos, saberes e práticas. São Paulo: Cortez, 2015. p. 132.

Sobre o movimento, legislação e prática educativa cotidiana, proposto para a EJA no VII ENEJA, é correto afirmar que:

Incentivo a continuidade dos estudos, favorecendo a chegada ao nível superior.


Questão 4/10

É meta do Plano Nacional de Educação: “estabelecer políticas que facilitem parcerias para o aproveitamento dos espaços ociosos existentes na comunidade, bem como o efetivo aproveitamento do potencial de trabalho comunitário das entidades da sociedade civil, para a educação de jovens e adultos” (PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 2001, p. 47).

Sobre as parcerias criadas entre o poder público e a sociedade civil, cada uma das partes tem sua obrigação. Relacione corretamente, de acordo com o livro base:

I. Governo
II. Organização social/empresa
III. Comunidade

(III) organização para a participação nas turmas de EJA.
(II) encaminhamento pedagógico.
(I) financiamento.


Questão 5/10

“(...) É preciso lembrar, entretanto, que a realidade social é produto da ação de homens e que ela não se transforma por acaso (Freire, 1997)”.

LIMA, J. R. MAGNA, J. R. Educação de jovens e adultos sujeitos, saberes e práticas. São Paulo: Cortez, 2015. p. 116.

Sabe-se que no Brasil, a maioria das experiências de EJA se efetiva por meio das parcerias entre as instâncias governamentais e à sociedade civil organizada. Com relação a essas parcerias, analise as afirmativas a seguir:


I. Estabelecer políticas que facilitem as parcerias para o aproveitamento dos espaços ociosos existentes na comunidade, bem como efetivo aproveitamento do potencial de trabalho comunitário das entidades da sociedade civil, para educação de jovens e adultos; (V)
II. Incentivar estados e municípios a procederem um mapeamento, por meio do censo educacional, visando localizar e induzir a demanda e programar a oferta de educação de jovens e adultos para essa população; (V)
III. Reestruturar, criar e fortalecer, nas secretarias estaduais e municipais de educação, setores próprios incumbidos de promover a educação de jovens e adultos; (V)
IV. Restringir a concessão de créditos curriculares aos estudantes da educação de jovens e adultos, da educação superior e de curso de formação de professores em nível médio para que as crianças e os jovens se alfabetizem na idade certa. (F)


Questão 6/10

“(...) É preciso pensar em estratégias de acesso, permanência e qualidade para a EJA, se desejamos uma educação de fato comprometida com o direito público subjetivo de todos os cidadãos. Estamos falando de uma EJA que reconhece que seus estudantes precisam ser atendidos nas suas especificidades e necessidades, na construção de conhecimentos que possam efetivamente auxilià-los, e que transforme a visão negativa que sempre marcou o imaginário da sociedade sobre a escola noturna e a EJA”.

LIMA, J. R. MAGNA, J. R. Educação de jovens e adultos sujeitos, saberes e práticas. São Paulo: Cortez, 2015. p. 87.

Com base no texto apresentado e no livro da disciplina, indique quais os fatores estão ligados ao que denominam de proteção social do analfabetismo.

Analise as afirmativas a seguir:

I. Acesso a permanência na escola durante a infância e adolescência; (V)
II. Alto índice de reprovação, evasão e reingresso no sistema escolar; (V)
III. A renda familiar é a característica que apresenta relação mais intensa com a discriminação no acesso a alfabetização no Brasil; (V)


Questão 7/10

“(...) É preciso pensar em estratégias de acesso, permanência e qualidade para a EJA, se desejamos uma educação de fato comprometida com o direito público subjetivo de todos os cidadãos”.

LIMA, J. R. MAGNA, J. R. Educação de jovens e adultos sujeitos, saberes e práticas. São Paulo: Cortez, 2015. p. 87.

Com base no texto apresentado e no livro da disciplina, pode-se afirmar que a principal lacuna na educação escolar brasileira, que tem gerado um contingente de pessoas com o ensino fundamental ou o ensino médio incompleto é:

Repetência e a desistência escolar.


Questão 8/10

O artigo 214 da Constituição da República do Brasil de 1988, declara que: “A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do poder público que conduzam à: I -  erradicação do analfabetismo; II -  universalização do atendimento escolar; III -  melhoria da qualidade do ensino; IV -  formação para o trabalho; V -  promoção humanística, científica e tecnológica do País”

SOUZA, Maria Antonia de. Educação de Jovens e Adultos. Curitiba: Ibpex, 2011.

Com relação a Educação de Jovens e Adultos – EJA no PNE, analise as afirmativas:

I. Tem como premissa que o ato de ensinar a ler e escrever é suficiente para garantir a oferta da EJA; (F)
II. No PNE está expresso que o corpo docente pode ser composto pelos mesmos profissionais do Ensino Médio e cursos profissionalizantes. (F)
III. É preciso diversificar os programas de EJA em função da clientela numerosa e heterogênea; (V)


Questão 9/10

“(...) todo dispositivo legal tem, em sua concepção, uma história e um cenário social que definem seus contornos – determinações histórico-sociais”.

LIMA, J. R. MAGNA, J. R. Educação de jovens e adultos sujeitos, saberes e práticas. São Paulo: Cortez, 2015.

Com base no texto apresentado e no livro da disciplina, analise como a Educação de Jovens e Adultos está inserida nos textos da constituição e na legislação brasileira.

I. Durante a primeira Constituição Brasileira a cidadania se restringia a todos que eram considerados livres e libertos. (V)
II. O parecer sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos, elaborado por Carlos Roberto Jamil Cury, apresenta a trajetória da EJA na que se refere a aspectos da legislação. (V)
III. O modelo de produção na época da primeira Constituição Brasileira (1824) era baseado no trabalho da aristocracia operária que pendurou até o decreto nº 7.247 que tratava da reforma do ensino, apresentado por Leôncio de Carvalho. (F)
IV. O parecer sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos, Decreto nº 7.247 previa a criação de cursos para adultos analfabetos, livres ou libertos do sexo masculino, com duas horas diárias de duração no verão e três no inverno. (V)




Questão 10/10

“As diretrizes Curriculares Nacionais para a EJA garantem mais do que um direito para esta modalidade educativa; elas contribuem de forma significativa para o esclarecimento dos direitos constitucionais traduzidos como política não so de governo, mas também política de Estado.

MOURA, T. M. M.M (org). A formação de professores(as) para a educação de jovens e adultos em questão. Maceio: EDUFAL, 2005.

As diretrizes não são normas, são norteadores de um processo educacional nacional, que possuem certa flexibilidade conforme as especificidades regionais. No que diz respeito as Diretrizes Curriculares Nacionais para a EJA analise as afirmativas, assinalando V para as afirmativas verdadeiras e F para as afirmativas falsas

(V) Defendem um modelo pedagógico próprio que propicie equidade, que respeite a diferença e que tenha proporcionalidade;
(F) São exclusivas com relação às referências na formação dos profissionais da EJA;
(V) Apresentam definições dos objetivos da EJA, bem como estabelecem a idade mínima para inscrição e realização dos exames supletivos em conformidade com a LDBEN nº 9.394/1996.
(F) Trata-se de um documento que não possui caráter exclusivo à Educação de Jovens e Adultos, podendo ser adaptado aos demais níveis de ensino;
 

EXTRA - Avaliação Discursiva 

Questão 1/3 
Leia o texto: 

As  propostas  educativas  escolares  sabem  que  para  incorporar  concepções  ampliadas 
de educação  tem  de violentar  a estrutura escolar.  Mas a  EJA não  vem de ssa tradição, 
pois  aprendeu  a  educar  fora  das  grades.  Podemos  supor  que  sucumbirá  atrás  das 
grades  e  dos  r egimentos  escolares  e  curriculares  se  neles  for  enclausurada.  Dará 
conta  ela  de  manter  a  concepção  ampliada  de  educação  que  aprendeu  em  sua  tensa história?  (CORRÊA,  L.  O .  R.  Fundamentos  metodológicos  em  EJA  I .  Curitiba: 
IESDE, 2009. P.35)

Explique,  segundo  as  Diretrizes  Curriculares  Nacionais  para  EJA  de   2001,  como 
podem  ser  realizadas  as  matrículas  no  caso  de  circulação  entre  as  diferentes 
modalidades de ensino.

As  matrículas  em  qualquer  ano  das  etapas  do  curso  ou  do  ensino  estarão 
subordinadas  às  normas  do  respectivo  sistema  e  de  cada  modalidade.


Questão 2/3 
Leia o texto: 

Nossa  escola  era  extremamente  verbaliza.  Ensinava  o  que  era  valorizado  para  se 
obter  sucesso, por  exemplo.  Os  conhecimentos que  eram  objeto  de  trabalho estavam, em  grande  parte,  voltados  ao  sucesso  social  dos  que  passavam  pelos  bancos escolares  para  exibirem  o  quanto  eram  ilustrados.  Eram  conhecimentos  sempre relacionados  ao  que  era  valorizado  acriticamente  pela  elite  da  nossa  sociedade.  Esse verbalismo  também  se  manifestava  na  ação  do  professor,  a  fala  era  afinal  seu instrumento básico.  O bom  aluno também deveria  verbalizar com  sucesso o  que havia aprendido.  Por  isso,  era  muito  difícil  avaliar  uma  aprendizagem  através  de  um desenho  ou  de  uma  outra  manifestação.  ( BARRETO,  V.  A  crí tica  freireana  à  escola in  Silva,  Inácio  da  Silva,  org.   O   Pensamento  de  Paulo  Freire  como  matriz  integradora de práticas  educativas no meio popular:  ciclo de  seminários. São Paulo: Instituto  Pólis, 2008. p. 52)

A  alfabetização  de  adultos  é  tratada  de  maneira  diversa  nas  concepções  tradicional  e dialógica  de  educação  .  Escreva  as  diferenças  fundamentais  do  processo  de alfabetização segundo estas concepções. 

Abordagem tradicional  – identifica  o aluno  como parte  de um  mundo que  irá conhecer, a  realidade  será  transmitida  a  ele,  preocupação  com  a  armazenagem  de conhecimentos,  educação  restrita  a  instrução  e  transmissão  de  conteúdos  em  uma relação  vertical  professor-aluno,  avaliação  como  verificação  da  memorização  de conteúdos.Abordagem  dialógica  –  busca  da  interação  entre  o  homem  e  o  mundo, sujeito  da  aprendizagem  é  entendido  como  elaborador  e  criador  de  conhecimentos tendo  como  pressuposto  a  sua  cultura,  sua  prática  social.  Se  constrói  como  tal  à medida  que  pensa  em  seu  contexto.  O  processo  de  ensino -aprendizagem  é desenvolvido  objetivando-se  a  superação  entre  opressores  e  oprimidos  com horizontalidade  na  relação  professor-aluno.  Metodologia  caracterizada  pela dialogicidade  e  problematização  dos  conteúdos  escolares  em  relação  aos  conteúdos do  munda  da  vida.  Auto  avaliação  para  que  o  processo  seja  revisto  à  medida  da necessidade. Preocupação com a consciência política.


Questão 3/3 
Leia o texto: 

Mais  de  três  décadas  depois,  e  mesmo  após  a  promulgação  em  1996  da  nova  Lei  de Diretrizes  e  Bases  da  Educação,  n.  9.394,  a  cultura  escolar  brasileira  ainda  encontra -se  impregnada  pela  concepção  compensatória  de  educação  de  jovens  e   adultos  que inspirou  o  ensino  supletivo,  visto  como  instrumento  de  reposição  de  estudos  não realizados  na  infância  ou  adolescência.  Ao  focalizar  a  escolaridade  não  realizada  ou interrompida  no  passado,  o  paradigma  compensatório  acabou  por  enclausurar  a escola  para  jovens  e  adultos  nas  rígidas  referências  curriculares,  metodológicas,  de tempo  e  espaço  da  escola  de  crianças  e  adolescentes,  interpondo  obstáculos  à flexibilização  da  organização  escolar  necessária  ao  atendimento  das  especificidades desse  grupo  sociocultural.  ( DI  PIERRO,  Maria  Clara.  Notas  sobre  a  redefinição  da identidade  e  das  políticas  públicas  de  educação  de  jovens  e   adultos  no  Brasil . Educ.  Soc.,  Campinas,  v.  26,  n.  92,out.  2005  .  

De  acordo  com  o  livro-base,  explique  as  diferenças  entre  o  ensino  supletivo  e  a 
educação  de  jovens  e  adultos  quanto  à  legislação  e  definição  dos  termos  ensino  e educação.

O  ensino  supletivo  era  a  denominação  dada  a  educação  de  adultos  e  adolescentes pela  LDB  no  5.692/1971  que  na  LDBEN  no  9.394/1996  passou  a  se  chamar  de educação  de  jovens  e  adultos.Quanto  aos  objetivos  educacionais,  segundo  Soares (2000), o  termo  ensino se restringe à  mera  instrução e  o term o educação compreende os diversos processos de formação.